Docker para desenvolvedores: o que é e por que utilizá-lo?
O setor de tecnologia da informação é extremamente dinâmico, oferecendo-nos novas soluções a cada dia. Com a transformação digital, a demanda por softwares personalizados aumentou consideravelmente, ampliando o mercado dos desenvolvedores e exigindo deles cada vez mais produtividade e qualidade. Para que eles consigam atingir esse patamar, necessitam de ferramentas que potencializem a sua atuação, e uma delas é o docker para desenvolvedores.
Se você é um desenvolvedor, provavelmente já se deparou com um cenário de incompatibilidade entre softwares e sistemas em diferentes hardwares. Os riscos de se esquecer de algo quando se está programando são muito altos, o que pode inviabilizar o trabalho. E o docker para desenvolvedores é uma tecnologia que pode evitar esse problema.
Quer saber o que é o docker, seu conceito e suas aplicações? Continue a leitura.
O que é um docker?
O docker nada mais é do que uma plataforma open source que foi desenvolvida na linguagem de programação Google Go. Quem garante o bom funcionamento do docker é o Linux container, LXC, que é um sistema do kernel do Linux.
Um docker permite a utilização de recursos isolados para desenvolvimento e teste de um software, sem a necessidade da criação de uma máquina virtual. Basicamente, o docker consegue trabalhar dentro de um servidor, isolando os recursos necessários, sem a necessidade de um sistema operacional exclusivo. Ou seja, ele utiliza as bibliotecas do sistema operacional do servidor em que está inserido.
Isso permite que o software seja executado em diferentes ambientes de desenvolvimento, pois os seus recursos são instalados no servidor e armazenados nos containers.
O docker separa os recursos e compartilha as bibliotecas de kernel em comum com outros containers. Isso garante uma facilidade de adaptação do docker, assegurando a portabilidade, graças ao seu isolamento em qualquer servidor, sem a necessidade de um sistema operacional por módulo.
Como o docker funciona?
A maioria das empresas aposta em soluções, como os CRMs e os ERPs, que apresentam códigos-fonte estáticos e monolíticos, o que os torna obsoletos com o passar do tempo. O docker se apresenta como uma solução para esse problema, pois oferece a possibilidade de um desenvolvimento em etapas.
Nesse cenário, o software é dividido em componentes menores, conhecidos como microsserviços. Com essa desagregação, os profissionais do desenvolvimento podem adotar um modelo de arquitetura que aumenta a eficiência operacional. É desenvolvido um código-fonte para cada componente do software, favorecendo o desenvolvimento em estágios — ambiente de testes, virtual e de produção.
O container encapsula todos esses componentes, garantindo uma performance consistente, com um pacote único e leve, que possibilita a execução dos softwares em ambientes físicos ou virtuais. O sistema que permite a comunicação entre servidor e cliente é o docker, por meio de uma API.
É utilizado um conjunto de recursos que possibilitam a criação e gestão dos containers, sendo que a limitação dos recursos é realizada no docker. Entre os recursos geridos estão a biblioteca lib container, que realiza a comunicação entre o Docker Daemon e o backend.
Docker em camadas
Quando dizemos que o docker funciona em camadas, significa que cada container é montado por meio de um chroot, namespaces, cgroups e demais funcionalidades ligadas ao Kernel. São essas camadas que possibilitam o isolamento de seu software.
No docker, o kernel monta o rootfs apenas no modo leitura e depois cria um arquivo de sistema, como read-write sobre o rootf. Depois, o kernel troca a partição raiz, como read-only, e insere um novo file system sobre o rootfs.
O container executa a imagem após o carregamento do rootfs, pois ele também é uma das camadas read-write, que foi criada a partir de uma imagem de leitura.
Qual é a diferença entre docker e máquina virtual?
Muitos desenvolvedores utilizam as máquinas virtuais para desenvolver e testar softwares em diferentes sistemas operacionais, mas poucos sabem efetivamente as diferenças dessa solução em relação ao docker. Diferentemente das VMs, os containers dispensam o uso do hypervisor, que está presente nas virtualizações de máquinas, passando essa atividade para o docker.
Máquina virtual
Uma máquina virtual, ou virtual machine (VM), como o próprio nome sugere, nada mais é do que a criação de um computador fictício, virtualizado, que simula o funcionamento de um sistema completo.
A tecnologia que permite essa virtualização chama-se hypervisor, que fica localizado entre o sistema operacional e o hardware. Um mesmo servidor pode rodar várias máquinas virtuais, com os mais diferentes sistemas operacionais. Cada sistema presente em uma máquina virtual traz os seus próprios kernels, binários, bibliotecas e aplicativos, ocupando um espaço considerável em um servidor.
O docker, como já vimos, isola os recursos, mas utiliza o kernel, as bibliotecas e os binários do sistema operacional do servidor em que está instalado.
As máquinas virtuais trouxeram um grande avanço para os desenvolvedores, pois deram a oportunidade para que eles pudessem testar e consolidar as suas aplicações de diferentes sistemas operacionais em uma única máquina. Além disso, as VMs trouxeram a oportunidade para os desenvolvedores fazerem testes múltiplos, sem que o dispositivo que hospeda a VM seja prejudicado.
Apesar de todos esses benefícios, as VMs apresentam um alto consumo de recursos do servidor, o que levou a uma busca por uma plataforma mais leve. Nesse cenário, o container docker ganhou espaço.
Por que é importante evoluir no mercado com essa tecnologia?
Como vimos no tópico anterior, os containers estão se popularizando e ganhando mercado em relação às máquinas virtuais – tudo isso graças ao docker. Isso acontece porque há uma considerável redução na estrutura, pois há a substituição dos hypervisores pelo docker, que utiliza os recursos do sistema operacional raiz do servidor.
Apesar dos dois modelos permitirem o isolamento de recursos e adicionarem bibliotecas, aplicações e arquivos necessários nas máquinas virtuais, você fica sempre na dependência de um sistema operacional, que exige mais espaço e aumenta os custos de manutenção.
Portabilidade do docker
Com o docker, o desenvolvedor ganha em portabilidade e leveza, além de uma manutenção mais simplificada, pois fica sobre o SO do servidor. O que é isolado são apenas os processos, o que reduz a necessidade de um armazenamento robusto.
Em relação à portabilidade, o docker traz algumas vantagens para os ambientes de desenvolvimento, facilitando a execução do software no ambiente de homologação e de produção. Há também uma grande redução da margem de erros e de algum imprevisto que possa ocorrer durante o deploy.
Esperamos que, após a leitura deste post, você tenha entendido o que é um docker para desenvolvedores e como essa solução é vantajosa, se comparada com as máquinas virtuais, Com essa tecnologia, você garante o isolamento de sua aplicação, para desenvolvimento, testes e deploy, sem sobrecarregar o servidor com vários sistemas operacionais.
Gostou do post? Então continue com a gente e confira 5 razões pelas quais o investimento digital vale apena.