On Premise e Cloud Servers: entenda as principais diferenças
A relação custo-benefício entre a implantação de aplicativos e sistemas de gestão no modelo on premise e cloud server não é óbvia. Convencer a diretoria da empresa ou os compradores sobre os principais critérios que devem nortear a escolha entre servidores físicos ou na nuvem é quase uma tarefa impossível.
Para lhe ajudar a enfrentar essa difícil tarefa, apresentaremos as principais diferenças, vantagens e desvantagens entre a adoção de aplicativos on premise, instalados nos servidores físicos da empresa, e aquelas que usam cloud servers. Confira!
1. Diferentes tipos de infraestrutura
Servidores on premises são hardwares físicos que ficam armazenados em uma sala de sua empresa, contam com controle de temperatura por ar-condicionado para evitar o superaquecimento, quase sempre requerem a utilização de um nobreak para prevenir quedas e picos repentinos de energia e exigem uma rotina de backup para precaver possíveis falhas ou avarias no dispositivo.
Logo, a utilização desse tipo de tecnologia requer uma avaliação criteriosa sobre o servidor a ser comprado e todos os elementos periféricos necessários para processar, executar e suportar uma aplicação. Todos os itens que precisam ser adquiridos e mantidos por sua empresa precisam ser somados nesta conta.
Já os servidores em nuvem ou cloud servers são contratados como um serviço junto a um provedor que se responsabiliza por toda a infraestrutura, manutenção e recursos periféricos, permitindo que o departamento de TI da sua empresa se concentre em outras demandas.
2. Tipo de investimento necessário
Normalmente, decisores com pouco conhecimento da área de TI tendem a escolher as soluções que são mais baratas no curto prazo e não se atentam ao custo de manutenção de uma solução no médio e longo do tempo.
Para a comparação de servidores on premises com cloud servers essa tendência deve ser evitada. Uma boa prática é criar uma linha do tempo contemplando os valores de investimentos necessários ao longo de 3 ou 5 anos para analisar com maior precisão qual a solução mais vantajosa para o seu cenário.
Servidores on premises precisam de um grande aporte inicial para a compra de hardwares, sistema operacional e dispositivos periféricos. Além disso, é necessário investir na adaptação de uma sala para a alocação do servidor físico, treinamento da equipe de TI para instalar e prestar a manutenção corretamente. Por fim, existem os custos da realização de rotinas de suporte que envolvem horas de trabalho e atualização de softwares, antivírus e sistema operacional.
Já os servidores em nuvem requerem o pagamento de mensalidades, diminuindo a necessidade de investimentos iniciais, compra de itens menos essenciais ou horas de manutenção de sua equipe.
Alguns estudos indicam que as empresas podem reduzir seus custos em até 1 milhão de dólares quando utilizam soluções em nuvem. Contudo, alguns compradores possuem a falsa sensação de que ao realizar um grande aporte inicial e não terem gastos recorrentes com um cloud server, a solução on premise terá um custo-benefício superior.
Evite esse risco ao calcular o custo de propriedade por um período maior e evidencie a melhor solução para o ambiente de TI da sua empresa.
3. Despesa recorrente x pagamento pelo uso
Ao comparar servidores físicos com os em nuvem há uma inversão da lógica sobre o pagamento de despesas. Costumeiramente, as empresas pensam que no modelo on premise haverá um investimento inicial e depois os custos de manutenção serão irrisórios, já no modelo cloud as despesas serão contínuas. Mas isso é mito!
Servidores físicos exigem atualizações e manutenções constantes, consomem energia e horas de trabalho, mesmo que as aplicações processadas demandem menos recursos. Cloud servers podem ter seus custos reduzidos em momentos de baixa utilização, como o método de pagamento se baseia no uso, a automação de rotinas de ativação e desativação de serviços pode funcionar como uma boa fonte de contenção de gastos.
4. Segurança
Na teoria, servidores on premises são mais seguros que os cloud servers, pois o departamento de TI pode inserir quaisquer tipos de recursos para a proteção da infraestrutura e sistemas da empresa.
Mas isso é só na teoria. Na prática, o Gartner constatou que 95% das falhas de segurança na nuvem são causadas por comportamento inadequado dos usuários ou administradores das soluções, não por vulnerabilidades na infraestrutura ou gestão do provedor. Ou seja, manter o servidor físico não evitará a imperícia dos colaboradores.
Ao mesmo tempo, parceiros de TI que oferecem servidores em nuvem possuem maior capacidade e dedicação de seu time para prevenir e investir em sistemas, desenvolver camadas extras de proteção e rever processos e metodologias para garantir a segurança dos seus clientes.
Logo, serviços em nuvem podem ser muito mais protegidos que os servidores de sua empresa, caso você não invista de forma constante em itens de segurança.
5. Flexibilidade e disponibilidade
Escalabilidade é o poder de adicionar ou reduzir recursos segundo a necessidade de performance dos aplicativos instalados nos servidores. Por exemplo, se seu servidor principal estiver no limite de sua memória, será necessário adquirir, instalar, configurar e monitorar uma nova memória para garantir agilidade na execução do sistema.
Em cloud servers isso não é um problema, pois a empresa pode contratar os recursos com alguns cliques e já iniciar sua configuração e uso. Já em servidores on premise há um período de espera entre o momento em que uma necessidade é detectada, a execução do processo de aquisição e o período de entrega do novo recurso para o TI. Imagine como seria esperar 10 dias para iniciar a configuração de uma nova memória e só então ver o servidor voltar a ter uma boa performance.
Outra questão está na disponibilidade da infraestrutura. Provedores de solução em nuvem firmam um acordo de nível de serviços (SLA) com seus clientes e indicam qual a disponibilidade mínima que os cloud servers terão. Já os servidores físicos podem ficar indisponíveis para manutenções corretivas, por incidentes de segurança ou até por superaquecimento do hardware.
Agora que você já conhece as diferenças entre servidores on premise e cloud servers, não hesite em escolher a solução mais adequada para a sua empresa. Se quiser conhecer outras maneiras de utilizar a nuvem para diminuir gastos de seu TI, leia agora mesmo nosso post: “Implementação em cloud para reduzir custos. Entenda!”.