A migração para a computação em nuvem é uma das maneiras das empresas trabalharem o ESG, aprimorando tecnologia e focando em sustentabilidade.
Você sabe qual a relação entre ESG e computação em nuvem? Nos últimos anos, o uso de cloud computing observa um crescimento acelerado, mostrando uma curva ainda crescente. A pandemia, acabou chamando ainda mais atenção para as facilidades trazidas pela computação em nuvem e suas potencialidades.
Um estudo realizado pela Gartner mostrou que os gastos globais com Tecnologia da Informação devem ultrapassar os 4 trilhões de dólares; aumento de 5,1% em relação a 2021. O destaque vai para a América Latina, que deve crescer cerca de 9,5% em um ano. A participação da computação em nuvem vem ganhando cada vez mais força , sendo um dos alvos dos novos investimentos.
O que é ESG?
Embora o termo pareça novo, a sigla ESG surgiu em 2004 em um relatório feito pelo Pacto Global da ONU, que tem o objetivo de engajar empresas e organizações para adotarem princípios que prezam pelos direitos humanos, direito do trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Depois disso, as práticas de ESG ou sustentabilidade empresarial começaram a ser usadas como uma forma de avaliar financeiramente as empresas.
A sigla ESG é um acrônimo que vem do inglês e significa Environmental, Social e Governance. No Brasil, essa sigla também pode ser encontrada como ASG: Ambiental, Social e Governança.
O interesse por esse termo cresceu em todo o mundo nos últimos anos. No Brasil, em apenas 12 meses, o termo triplicou nas buscas em comparação com o ano anterior, segundo o Google Trends. O aumento é justificado, uma vez que o país teve um aumento de 74% no número de fundos de ações que se enquadram nas temáticas sustentabilidade e governança corporativa, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA).
Entenda melhor o que cada letra representa.
Environmental ou Ambiental
As ações relativas ao meio ambiente referem-se às práticas da empresa ou organização voltadas à sustentabilidade e manutenção do planeta. Aqui entram todas as ações feitas para evitar/diminuir o aquecimento global, emissão de gases poluentes, como carbono e metano, poluição do ar e água, desmatamento, desperdício de energia e uso de combustíveis fósseis. Ou seja, cada mudança feita pela organização para mitigar esses pontos fazem parte das práticas ligadas ao meio ambiente em ESG.
Social
A parte social se relaciona com a responsabilidade social e o impacto da organização na comunidade ou sociedade na qual está inserida. Essas práticas estão associadas aos direitos trabalhistas, segurança no trabalho, investimento social, salário justo, diversidade de gênero, etnia e credo.
Governança
As práticas de governança em ESG estão ligadas às políticas e processos que orientam a administração, C-levels e diretores. Nesse aspecto são considerados a conduta corporativa, a composição do conselho, que deve ser plural e a sua independência quanto às escolhas.
Além disso, o compliance também deve estar presente com práticas ativas para anticorrupção, existência de canais para denúncias em caso de assédio, discriminação ou corrupção. Também é importante que a empresa tenha auditorias internas e externas analisando os direitos dos consumidores, fornecedores e investidores, prezando sempre pela transparência. Por fim, a governança se relaciona diretamente com as práticas ambientais e sociais, pois deve fiscalizar e orientar essas ações.
Por que as empresas devem se adequar?
Investir em ESG é uma estratégia que traz benefícios a todos os envolvidos: empresa e funcionários, sociedade, governos e meio ambiente. Além disso, as ações de ESG começaram a ser analisadas nos últimos anos por investidores como fatores preponderantes para receberem ou não investimentos. A sociedade, de modo geral, também passou a se atentar mais sobre o assunto e a cobrar às empresas sobre suas responsabilidades.
Larry Fink, presidente da gestora americana BlackRock, uma das maiores do mundo, publica cartas anualmente aos acionistas e ao mercado em que aborda tendências para os investimentos. Em 2016, foi a primeira vez que ele mencionou a necessidade de as empresas olharem para fora de suas próprias paredes e levarem em consideração fatores ambientais e sociais em suas decisões.
Segundo uma pesquisa feita em 2017 pela consultoria The Boston Consulting Group (BCG), empresas com desempenho superior em áreas ambientais, sociais e de governança apresentam margens de valorização mais altas do que as que não se preocupam com essas questões. Assim, investir em ESG é um modelo ganha-ganha.
ESG e computação em nuvem
A computação em nuvem, ao fornecer recursos computacionais por meio da internet, contribui para redução da geração de resíduos e para a utilização racional de recursos. No modelo on-premises, cada empresa possui o seu próprio datacenter, multiplicando a necessidade de recursos físicos, instalações, consumo de energia e gerando um volume muito maior de resíduos. Este modelo ainda afeta diretamente as empresas que precisam investir em logística reversa, evitando o descarte de equipamentos de forma indevida, já que tem o potencial de gerar danos ao meio ambiente.
Olhando pelo lado do consumo de recursos naturais, muito já se economizou e ainda será economizado em energia e recursos que deixam de ser consumidos no processo produtivo de equipamentos. A computação em nuvem tem um consumo mais racional de recursos, mitigando os riscos da subutilização de recursos; o que é um ofensor grave no modelo on-premises.
Ao universalizar a possibilidade de utilização de recursos de computação avançada, a computação em nuvem vem gerando novas demandas e abrindo um grande número de oportunidades àqueles que procuram a especialização. No momento, abrem-se muitas oportunidades de aperfeiçoamento técnico e, juntamente com o amadurecimento do ensino à distância, tem sido possível o desenvolvimento de pessoal qualificado em todas as partes do globo. A demanda acelerada por pessoal qualificado, muitas vezes para o exercício profissional remoto, tornou possível garimpar profissionais em qualquer lugar e a contribuição da computação em nuvem é inegável. Muitos avanços têm se tornado possíveis, melhorando a vida das pessoas, seja com oportunidades ou com o acesso a serviços, o que antes da computação em nuvem era inviável. Apenas a título de exemplo, a telemedicina se tornou uma realidade hoje, facilitando o acesso à assistência médica graças à computação em nuvem. Os muitos serviços que foram criados e as aplicações que foram desenvolvidas tornaram o acesso a esses recursos mais democratizado.
De acordo com o Diretor da IPsense, Luiz Herculano, a migração para a nuvem pode reduzir milhões de toneladas CO2 por ano além de estar alinhada a outras ações de sustentabilidade como a redução na geração de resíduos como papéis e economia na conta de energia elétrica.
Com a competitividade do mercado, a migração para a computação em nuvem consolida-se a melhor opção para a segurança e manutenção dos dados. Assim, além de gerar benefícios ambientais, a migração para a nuvem tem como vantagem o acesso rápido e seguro às informações, reforçando o compliance e a economia de gastos e recursos, beneficiando o ESG.
Portanto, esse é um momento importante para empresas que devem ter um olhar atento à agenda ESG, bem como incentivar seus clientes a fazerem a adesão e se tornarem mais conscientes socialmente.
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